sábado, 16 de novembro de 2013

Três homens para um só lugar


A nova reforma administrativa traz importância às comunidades intermunicipais, será a partir destas unidades territoriais que os municípios poderão alcançar os tão desejados fundos comunitários com o novo quadro de apoio a começar em 2014. Este novo quadro comunitário (2014-2020) trará à região centro mais 25% que o anterior quadro, que irá representar mais de dois mil milhões de euros, ao dispor do Programa Operacional da Região Centro. 
A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, insere-se neste programa operacional, falta-lhe a liderança política e até ao momento existem três homens que tomam a dianteira para assumir a liderança desta unidade territorial. O gouveense Álvaro Amaro foi o primeiro a dar o primeiro passo, ainda em campanha eleitoral, nunca deixou de referenciar que a "capital" de decisões deveria ficar na cidade da Guarda. O presidente do Município da Guarda não deixará os seus créditos em mãos alheias e a experiência política e meio de influência poderá levar seus intentos a bom porto. Paulo Fernandes, logo após ganhar o Município do Fundão mostrou a sua disponibilidade para tomar conta do leme da comunidade intermunicipal. A Cova da Beira tem o máximo interesse em ter um dos seus à frente da unidade, isto para não se deixar subjugar à "renovada" forma de fazer política na Guarda. O último a entrar na "corrida" é Filipe Camelo, o presidente do Município de Seia, não quer que a Região Serra da Estrela (Gouveia, Seia e Fornos de Algodres) perca o "comboio" para os restantes, sabendo de antemão que será a sub-região que tem sido mais penalizada, será uma forma desta não deixar de ter "voz" no seio dos outros municípios mais poderosos e influentes. Atendendo que "santos da casa não fazem milagres" a escolha de Filipe Camelo poderia assentar que nem uma luva ao eixo Gouveia, Seia e Fornos de Algodres. Veremos o desfecho, mas para já Álvaro Amaro parece estar com um pé à frente de todos os outros.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A escola e a competitividade.


Diz-se que os alicerces de um país começam na carteira da escola, é um facto verdadeiro, afinal os alunos serão um dia o futuro do país, muito embora muitos acabarão por emigrar, um facto actual e presente.
A competitividade é fundamental ao desenvolvimento e progresso de um país ou região. Se esta for saudável e eficaz trará dividendos futuros.
O recente ranking das escolas, conhecido no final da passada semana, revela-nos o longo lobby do ensino privado neste rectângulo chamado Portugal, na "ponta" da Europa. A cada ano que passa mata-se a escola pública, as constantes reformas que a educação tem sofrido ao longo dos últimos 39 anos, tem revelado resultados desastrosos, imagem dos políticos portugueses.
Apesar dos vícios e vicissitudes do ranking, os números nele revelados não deixam de nos traduzir alguns dados importantes. Para que uma região e concelho tenham futuro e alicerces que ultrapassem os limiares da sobrevivência será necessário uma competitividade e um ensino de melhor qualidade. A Escola Secundária de Gouveia ocupa o 533ª posição nacional num total de 619 escolas nacionais. Ao nível do distrito ocupa a 13ª posição num total de 16 escolas secundárias do distrito da Guarda. A escola pública não se pode traduzir em números nem em rankings, mas o grau de exigência deve aumentar, sem recear a competitividade e a avaliação entre instituições.