quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Quadro de Apoio Comunitário 2014-2020, e agora?


O Governo entregou ontem em Bruxelas  a proposta do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para o período 2014-2020. O novo Quadro Comunitário Europeu, os chamados Fundos Europeus, vão entrar já a partir de Janeiro de 2014. Serão 21 Mil Milhões de Euros que Portugal irá receber, é a oportunidade de Portugal tomar um rumo, pelo menos uma ajuda estrutural ao desenvolvimento e progresso para o país. Sabe-se que a estratégia foi alterada, passa agora a figurar a dimensão dos recursos atribuídos à competitividade da economia e ao foco na inclusão social à criação de emprego. As prioridades da estratégia são: Competitividade; Capital Humano; Investigação; Desenvolvimento e Inovação; Inclusão Social e Emprego. O lado mais positivo a acrescentar e na "órbita" de Gouveia é que este novo Quadro irá ser canalizado para o Interior norte, Centro e Alentejo. Dos 21 Mil Milhões de Euros 19,5 Mil Milhões serão para as zonas mais pobres do país, aqui a Serra da Estrela poderá e terá de aproveitar esta "dádiva" e oportunidade. Assim fica de fora do Quadro as Infraestruturas, a base do anterior QREN 2007-2013, auto-estradas e vias rápidas estão assim fora do Quadro, apenas as vias ferroviárias terão espaço nos novos fundos comunitários.
Tanto que há para fazer em Gouveia, mesmo ao nível de Infraestruturas, no entanto entre 2010-2013 entraram em Gouveia perto de 6,5 Milhões de Euros que financiaram grande parte das obras que temos estado a assistir, a antiga Fábrica das Bobines, o Muro do Jardim de Viriato, o Jardim do Paixotão, Loteamento da Zona Industrial das Amarantes, arruamento da envolvente do Palácio de Justiça, Caminho Natural de Folgosinho, Centro Animação Sócio-Juvenil de Nespereira, Recinto Desportivo de Paços da Serra, Requalificação da Praça de S.Pedro, Plano dinamização dos Bellinos e Requalificação de Cabeço Maria. Muito mais seria preciso, muito mais será preciso, sobretudo canalizar para aquilo que é necessário e fundamental ao interesse dos Gouveenses. Será preciso um presidente perspicaz, eficiente e oportuno nas escolhas a tomar, os problemas de Gouveia não se resumem a alcatrão e betão.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O custo da democracia.


A campanha eleitoral está aí, comícios , arruadas, palcos, folhetins, abraços e beijinhos. No meio desta "andança" alguns de vós pouco saberão, quanto custa a todos nós esta disputa política a que chamamos de democracia. O financiamento dos partidos políticos através de donativos privados tem decaído , entre 2005 e 2009 foram menos de 54% de apoio para as respectivas campanhas eleitorais. Esta percentagem representa 5 Milhões de Euros, o que olhando para o "bolo" das despesas é praticamente irrisório. Os tempos são de crise, de contenção, pelo menos para nós, cidadão comum que tenta sobreviver. Nas últimas eleições autárquicas em 2009 a subvenção atribuída pelo Estado aos partidos políticos foi de 43,8 Milhões de Euros, sendo que os Socialista quase arrecadaram metade deste valor. O PS teve a atribuição de 20 Milhões de Euros e o PSD 10 Milhões de Euros. 
Olhando para o concelho de Gouveia, os Socialistas continuam a liderar na despesa, 89.461,33€, no entanto esta despesa tão pouco se traduziu em vitória, o PSD de Álvaro Amaro voltou a ganhar em 2009 elegendo uma subvenção de 41.962,47€. A CDU teve o valor de 5.930,15€, num total do concelho de 137.400,00 € aproximadamente.
A Assembleia da República informou que irá cortar 20% na subvenção a atribuir na campanha de 2013. Porque razão haveremos nós de pagar os interesses destes políticos que ao longo dos anos têm criado o "fosso" deste país? Faz sentido os partidos políticos gastarem este precioso dinheiro numa campanha que nada traz de novo ao eleitor? Custará assim tanto dinheiro, arruadas, comícios e folhetos?? Este é o preço da democracia, que sai do bolso de todos nós, numa altura em que se congela aumentos de ordenado, do ordenado mínimo, de corte de pensões, de aumento das despesas de saúde e educação. A Democracia foi e é desejada, mas não nestes "moldes".