Conterrâneos mesmo longe não esquecem a terra que os viu nascer.

Muitos são obrigados a sair, não há saída para o inevitável, a falta de postos de trabalhos e os sonhos por concretizar levam muitos gouveenses a deixar as suas famílias, em busca de um dia melhor e do sonho que comanda a vida. Apesar da distância e da saudade não deixam de partilhar o sentimento e numa ajuda sublime fazem chegar esperança ao local onde eles próprios partiram. Um grupo de gouveenses na Suiça fez chegar a quantia de 850€ à Radio Antena Livre, também ela em busca de melhores dias. Esta ajuda simboliza a "fortificação" gouveense espalhada por esse mundo fora. Não só a radio também a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gouveia tem sido objecto de ajuda nomeadamente em equipamento de combate a incêndios, recolhido por Jorge Sario e seus companheiros na Suiça. Interlaken é assim um novo ponto do mapa gouveense, no passado mês de Junho realizou  o segundo convívio naquela localidade Suiça. 

GeObserver disponibiliza os trilhos pedestres da Serra da Estrela

O site GeObserver  - Sistema de Informação Geográfica que reporta a meteorologia, a fauna, a flora, geologia e outros dados georreferenciados da Serra da Estrela, disponibiliza agora no seu site os trilhos de percursos pedestres na Serra da Estrela para os amantes do pedestrianismo. Esta nova opção tem uma particularidade, uma vez que poderão ser colocados online algumas anomalias que caminhantes possam deparar-se nos respectivos percursos. Poderão mencionar anomalias no percurso como: falta de sinalização, falta de limpeza, entre outros.  http://www.geobserver.org/trails

Não há Volta sem etapas... e etapas sem dinheiro!

A maior prova velocipédica do país voltou a "pisar" estradas do concelho de Gouveia. Um espectáculo único e como adepto do ciclismo, o regozijo é enorme poder ver as pedaladas no nosso concelho. Dois dias em grande, não bastasse um, tivemos direito a dois dias. O primeiro dia com meta instalada no Farvão e o segundo dia de passagem em direcção à Torre, passando por Seia.  

Todos os anos a mesma pergunta, quase já esgotável, merece o investimento de tal prova no concelho de Gouveia? Uns dirão que sim, outros dirão que não, há quem afirme que o retorno é deveras apetitoso e uns minutos na televisão valem a pena.

A Volta a Portugal tem um orçamento por edição a rondar os 4/5 Milhões de Euros,quem afirma é o ex-ciclista e trepador Joaquim Gomes, organizador da prova num passado recente no site Dinheiro Vivo, refere mais « os dados dos últimos cinco anos demonstram que os 11 dias de prova proporcionam entre 70 a 90 (??) Milhões de Euros de exposição mediática para patrocinadores e para autarquias», quase o valor do orçamento do Tour de France que se situa nos 100 Milhões de Euros. Aliás a publicidade no mundo do ciclismo é enorme, a equipa SKY, vencedora das últimas  duas edições da Grande Boucle teve retorno de 550 Milhões de Euros.

Voltando à realidade nacional, de valores bem mais inferiores, as autarquias negoceiam com a organização por forma a terem nas suas estradas "os artistas" da bicicleta. Na edição de 2012 o município de Mondim de Bastos pagou 65 mil euros para ter a chegada ao Alto da Senhora da Graça, que este ano esteve para não se realizar devido à falta de dinheiro por parte daquele município. O município de Seia, nosso vizinho pagou pela chegada à Torre na edição de 2012, o valor de 30 mil euros. Uma Volta sem chegada à Torre é quase impossível, nem seria tão pouco possível, daí que o poder negocial de cada município é fundamental.

O grande retorno dos municípios, são os "minutinhos" da caixinha mágica, chamada TV. Mas até aqui é tudo questionável ate´porque segundo relatório  da Marktest, a Volta a Portugal tem vindo a perder audiência, de 2009 a 2012 respectivamente, senão vejamos: 5,4% (2009) 4,9% (2010) 4,81% (2011) 4,7% (2012). Nesta edição de 2013, não existem resultados definitivos, sendo que houve "picos" nos fins-de-semana a situarem-se na casa dos 6% de audiência média.

Ainda no que respeita ao estudo do Marktest de 2011 revela-nos que nem todos os municípios têm a mesma capacidade de atracção, por exemplo a etapa vinda de Lamego com chegada a Gouveia capitalizou 4% de audiência, inferior aos concelhos vizinhos da região Seia-Torre 5,7%; Covilhã-Sertã 6,6%; Aveiro-Castelo Branco 4,6%. 

Para finalizar, de referir que a maior audiência verifica-se no interior do país, com 30% de audiência média, na Grande Lisboa a Volta é vista por 18,3% e no Porto 8,8%. Ou seja o maior e melhor mercado para a região não vê a Volta. O maior telespectador da Volta a Portugal situa-se na faixa etária acima dos 65 anos.