domingo, 29 de dezembro de 2013

Girabolhos: Uma barragem, um projecto, um futuro e...Gouveia (Parte1)


Iremos aqui abordar a barragem de Girabolhos, neste e seguintes artigos irá ser explanado aquilo que já consideraram ser o maior investimento no interior do país nos últimos 50 anos. Iremos abordar o que já se passou e o que ainda virá, mas sobretudo em que moldes Gouveia se situa neste projecto. 
Falar da futura barragem de Girabolhos é falar do imprevisível, é falar de burocracia, é falar de incerteza. Mas, a barragem de Girabolhos "nasce" em 2007, já se passaram 6 anos, mais precisamente a 7 de Dezembro de 2007 quando o então Ministro do Ambiente, Nuno Correia, era primeiro-ministro José Sócrates, apresentou o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Eléctrico. Ora este programa visava definir prioridades relativamente aos aproveitamentos hidroeléctricos para o período 2007 - 2020. O objectivo passava por atingir uma meta de capacidade instalada de 7000 MW por forma a cumprir os objectivos do governo socialista de então em obter energia de origem renovável até 2020, a dependência de energia vinda do "exterior" e baixar as emissões de CO2.
Com a chegada da crise económica e o novo governo de Passos Coelho, do pacote inicial de dez centrais, que foi objecto a concurso público, duas acabaram por não conseguir atrair quaisquer investidores, ao passo que as restantes ( duas), acabariam por cair à posteriori. Uma por questões ambientais e outra, a cargo da EDP também caiu por "terra", restando apenas seis barragens na contagem final.
Voltando a Girabolhos, a empresa espanhola Endesa ganha o concurso no rio Mondego e assina a adjudicação provisória em 2008. Esperava iniciar a construção em 2011, mas é certo que 2014 será o ano do começo, as expropriações já começaram.
A barragem abrange os concelhos de Gouveia, Seia, Mangualde e Nelas, tinha em 2008 uma previsão de investimento de 357 Milhões de Euros, mas hoje ascendem aos 500 Milhões de Euros, que segundo dizem sem um único cêntimo de dinheiro público ou fundo comunitário. O contrato com o Estado Português é por 65 anos e prevê a capacidade de produção de 355 MegaWatts correspondente a pouco mais de 250 mil famílias. 
CONTINUA...


domingo, 22 de dezembro de 2013

Um empurrão para o abismo...


O Bispo da Guarda referiu esta semana que « O Interior precisa de um empurrão especial». Ora na passada sexta-feira, o Interior levou um verdadeiro «empurrão» a nível nacional com toque regional.A esquerda levou à Assembleia da República a recomendação para a reabertura da linha da Beira Baixa, os partidos do governo chumbaram o projecto com o "apoio" dos deputados eleitos pelo círculo da Guarda. Apesar da declaração de voto destes, prevaleceu a disciplina de voto da bancada. Ora, estes deputados eleitos pelos eleitores do distrito votaram contra quem lhes deu a confiança para representar uma região que necessita de progresso e uma luz ao fundo do túnel. Esta forma ditatorial da disciplina de voto e a falta de coragem por parte dos deputados devido ao carreirismo, como alguns lhe chamam levam-nos ao desespero. As reacções têm sido em "prantos", associações empresariais, algumas câmaras municipais, entre outros. Haja a coragem de interpelar estes deputados, haja a coragem de apontar o dedo. Não basta no Facebook postar uns "bitaites", haja mais acção pelo interesse global que pelo interesse do umbigo. O povo esse, não castiga, presta vassalagem, daqui a quatro anos votarão nos mesmos, afinal todos têm o que merecem...e nós temos merecido.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O PDI...


Não é o que você pensa, o PDI é... Partido para o Desenvolvimento do Interior. Assim nasce um partido, com génese na cidade vizinha de Seia, o partido começa a dar os primeiros passos. Para já, e pelo que se depreende da página do Facebook, não passam de intenções. Em defesa do interior, este partido embrionário pretende representar e defender a região. Numa altura em que a sociedade vê os partidos como forma de os oportunistas singrarem na vida, veremos se este partido que ainda não é partido, não morrerá à nascença. Não é fácil um novo partido se enquadrar num meio dominado pelos "tubarões" existentes. O partido evoca que não é  da esquerda, do centro ou da direita, apenas ambiciona dar "voz" ao interior do país.Veremos que força terá este PDI.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Desconstrutivismo do interior


O Jornal Expresso trouxe às bancas este fim-de-semana A Revista onde "projecta" Lisboa e Porto para 2053. Convida conceituados arquitectos a manipular o território destas "metrópoles" numa atitude que se pensa de intelectualidade. O Expresso acaba de dar ainda mais ênfase ao litoral e às duas principais cidades deste rectângulo chamado Portugal. O interior cada vez mais é reduzido a pó, não existindo a frontalidade de tocar o dedo na ferida. Seria mais inteligente a este semanário convidar estes projectistas a manipular os territórios do interior e dar-lhe a alma que falta para a "reconquista" no povoamento. Não será difícil de prever como estarão as cidades da região da Serra da Estrela em 2053, as políticas a que temos estado a assistir serão "a morte" de uma região. 
Quando há mais de 20 anos o município de Évora convidou Álvaro Siza Vieira, conceituado arquitecto de dimensão mundial para projectar o plano pormenor da cidade e grandes projectos da cidade, foi potenciada uma cidade acabada de ser Património Mundial, cidade estudantil e turística, uma fusão capaz de dinamizar o interior alentejano.
No "burgo" serrano têm sido os autarcas a projectar o embelezamento eleitoral das cidades. Depois das "metrópoles do têxtil" nada resta, nem mesmo o turismo é alavanca para reconstruir este interior. Serão precisos novos "Forais" para reconstruir e repovoar esta região.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Um rebuçado com sabor amargo.


Já aqui referimos em artigo anterior da vontade de Álvaro Amaro fazer da Guarda o "epicentro" da Beira Interior. Depois de conseguir a delegação de turismo da Serra da Estrela, coordenada a partir de Aveiro, vê agora seus intentos a bom porto ao conseguir que a "sede" da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela fique instalada na cidade da Guarda. Ele próprio tinha sido um nome avançado para presidir ao organismo regional que agora arranca em força. Apesar de o próprio desvalorizar a questão da presidência, referindo que apenas tinha  prometido aos munícipes e eleitores trazer para Guarda a sede do organismo. Verifica-se agora a força da Beira Baixa e da Cova da Beira, senão vejamos que este primeiro mandato autárquico divididos em biénios serão presididos pelos edis da Covilhã e Fundão, no primeiro biénio e segundo biénio respectivamente. Tanto Vítor Pereira (CM Covilhã), como Álvaro Amaro salvaguardaram o consenso obtido, tentando salvaguardar os interesses dos dois lados da Serra. Vítor Pereira terá neste primeiro mandato como vice-presidentes , Filipe Camelo (CM Seia) e António Robalo ( CM Sabugal). No segundo biénio, Paulo Fernandes (CM Fundão) terá como vice-presidentes, Luís Tadeu (CM Gouveia) e José Monteiro (CM Celorico da Beira).

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Uma rosa murcha que demora a "renascer".


Apesar de a política andar pelas ruas da amargura, em democracia, os partidos políticos são organismos vitais à manutenção dessa democracia. É o confronto politico e de ideias que permitem o "entroncamento" de projectos e discussões importantes à implementação do progresso.  
A concelhia de Gouveia do Partido Socialista vive dias difíceis e de indefinição. Sem líder e sem voz o partido assiste a uma situação embaraçosa. As eleições internas marcadas para o passado dia 6 de Dezembro não passaram de intenções atendendo que não surgiu uma única lista, um líder disponível para liderar a oposição em Gouveia.
Ao longo de doze anos o "fantasma" de Santinho Pacheco continuou a imperar e ainda agora foi falado do regresso do ex-presidente de câmara para liderar os socialistas. Um regresso ao passado seria o maior erro deste partido, a vida politica gouveense necessita de novas caras, novas ideias e juventude com sangue na "guelra" com vontade de enfrentar os problemas locais.
As principais figuras parecem não querer assumir um papel ingrato de reerguer o partido das sucessivas derrotas autárquicas. Nem mesmo João Amaro, figura incontornável do partido, com crédito junto do eleitorado mostrou-se indisponível para se tornar "homem do leme".
Talvez seja o momento certo para surgir um líder, desconhecido, sem vícios, capaz de reerguer um partido envolto no marasmo. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ideias que alimentam... a Gouvitânia


Muitos jovens com capacidade têm optado emigrar, um flagelo recente face à escassez de oportunidades. Portugal nunca foi um país de oportunidades e nunca há-de ser . Neste país vingam os oportunistas, o sistema acaba por valorizar aqueles que de certa forma estão no lugar certo à hora certa, no posto certo de preferência com cunha. O mundo é feito de injustiça, por certo muitos de vós já se sentiram atraiçoados por um amigo, um professor, um colega... diriam vocês: « aquela ideia era minha!». O Ser Humano tem destas coisas, imperar as ideias dos outros para vangloriar o seu ego e o seu posto de trabalho. Pensamos que isto só acontece nos grandes centros, mas cá na pequena Gouvitânia, ao longo dos anos muitas ideias nascem, são menosprezadas, tidas como não aceites, e 2 a 3 anos mais tarde faz-se luz!! Nasce um projecto, encaram-se os holofotes da televisão e todos batem palmas. Os louros esses, são sempre para os mesmos, aqueles que ocupam os lugares de destaque. 
Aqueles que arduamente trabalharam para chegar a um resultado final, vêem-se na contingência do abstraccionismo da vida , que buscam uma oportunidade e uma porta que se abra. Assim se perdem valores na pequena Gouvitânia, apenas os "Senhores" têm direito ao patamar mais alto. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A "morte" anunciada à muito...


À muito pouco tempo falou-se de crise, Troika e dinheiros públicos,agora é mais retoma e crescimento, no entanto, concluiu-se que as empresas municipais constituíram-se "cancros" de norte a sul do país. Percebe-se hoje que a extinção da empresa municipal de Gouveia DLCG manteve-se até agora face aos "compromissos" eleitorais. Assiste-se a um impasse que tem angustiado os corredores da Câmara Municipal, afinal o que irá reservar-nos a decisão do Tribunal de Contas. Para mal dos trabalhadores, que também vivem a sua  angústia, outros há que seu "posto" está salvaguardado, mas fica a pergunta, precisará Gouveia de uma empresa municipal? Sabendo que a maior subsidiária deste tipo de empresas são o próprio município, qual é a fundamentação da persistência em existir uma nova empresa, que mesmo partindo do zero irá ter o mesmo fim da que ainda actualmente existe? Somos um município com menos de 14.000 habitantes, existem dentro da câmara pelouros e departamento que bem organizados e geridos poderão assegurar os eventos nas várias vertentes. Mão de obra não falta, faltam vontades em clarificar o óbvio e uma coisa é certa, já dizia a minha avó: « o óptimo é inimigo do bom». 
Muitos de vós perguntarão, então e os funcionários da actual DLCG? A resposta é simples, de onde vem o dinheiro para lhes pagar o ordenado?

sábado, 16 de novembro de 2013

Três homens para um só lugar


A nova reforma administrativa traz importância às comunidades intermunicipais, será a partir destas unidades territoriais que os municípios poderão alcançar os tão desejados fundos comunitários com o novo quadro de apoio a começar em 2014. Este novo quadro comunitário (2014-2020) trará à região centro mais 25% que o anterior quadro, que irá representar mais de dois mil milhões de euros, ao dispor do Programa Operacional da Região Centro. 
A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, insere-se neste programa operacional, falta-lhe a liderança política e até ao momento existem três homens que tomam a dianteira para assumir a liderança desta unidade territorial. O gouveense Álvaro Amaro foi o primeiro a dar o primeiro passo, ainda em campanha eleitoral, nunca deixou de referenciar que a "capital" de decisões deveria ficar na cidade da Guarda. O presidente do Município da Guarda não deixará os seus créditos em mãos alheias e a experiência política e meio de influência poderá levar seus intentos a bom porto. Paulo Fernandes, logo após ganhar o Município do Fundão mostrou a sua disponibilidade para tomar conta do leme da comunidade intermunicipal. A Cova da Beira tem o máximo interesse em ter um dos seus à frente da unidade, isto para não se deixar subjugar à "renovada" forma de fazer política na Guarda. O último a entrar na "corrida" é Filipe Camelo, o presidente do Município de Seia, não quer que a Região Serra da Estrela (Gouveia, Seia e Fornos de Algodres) perca o "comboio" para os restantes, sabendo de antemão que será a sub-região que tem sido mais penalizada, será uma forma desta não deixar de ter "voz" no seio dos outros municípios mais poderosos e influentes. Atendendo que "santos da casa não fazem milagres" a escolha de Filipe Camelo poderia assentar que nem uma luva ao eixo Gouveia, Seia e Fornos de Algodres. Veremos o desfecho, mas para já Álvaro Amaro parece estar com um pé à frente de todos os outros.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A escola e a competitividade.


Diz-se que os alicerces de um país começam na carteira da escola, é um facto verdadeiro, afinal os alunos serão um dia o futuro do país, muito embora muitos acabarão por emigrar, um facto actual e presente.
A competitividade é fundamental ao desenvolvimento e progresso de um país ou região. Se esta for saudável e eficaz trará dividendos futuros.
O recente ranking das escolas, conhecido no final da passada semana, revela-nos o longo lobby do ensino privado neste rectângulo chamado Portugal, na "ponta" da Europa. A cada ano que passa mata-se a escola pública, as constantes reformas que a educação tem sofrido ao longo dos últimos 39 anos, tem revelado resultados desastrosos, imagem dos políticos portugueses.
Apesar dos vícios e vicissitudes do ranking, os números nele revelados não deixam de nos traduzir alguns dados importantes. Para que uma região e concelho tenham futuro e alicerces que ultrapassem os limiares da sobrevivência será necessário uma competitividade e um ensino de melhor qualidade. A Escola Secundária de Gouveia ocupa o 533ª posição nacional num total de 619 escolas nacionais. Ao nível do distrito ocupa a 13ª posição num total de 16 escolas secundárias do distrito da Guarda. A escola pública não se pode traduzir em números nem em rankings, mas o grau de exigência deve aumentar, sem recear a competitividade e a avaliação entre instituições.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Executivo camarário com "pastas" definidas.

Em sessão de câmara do passado dia 23 de Outubro foram delegadas competências aos vereadores por parte do presidente do município de Gouveia. O executivo  será composto pelo presidente Luís Tadeu e ainda os dois vereadores permanentes, Joaquim Lourenço  e Teresa Borges. O restante executivo camarário mas sem qualquer pelouro é constituído ainda por Maria Helena Gonçalves, Armando Almeida, Maria de Lurdes da Silva e Zulmira Pais . O presidente terá competências com obras públicas, abastecimento de água e resíduos, ordenamento do território e urbanismo, infraestruturas e equipamentos municipais, turismo, lazer e cultura, apoio à presidência, comunicação e relações exteriores, apoio às freguesias, apoio à Assembleia Municipal, protecção civil e florestas, apoio ao investidor, apoio social, empreendedorismo e candidaturas a financiamentos externos. 
O vereador permanente Joaquim Lourenço, a tempo inteiro, será o vice-presidente, terá competências em administração sobre as finanças, património e aprovisionamento, educação, bibliotecas, museus, arquivo histórico e toponímia. A vereadora Teresa Borges terá competências em serviços administrativos, recursos humanos, qualidade, obras particulares, fiscalização, apoio jurídico, informática e telecomunicações, saúde pública e veterinária.
O gabinete do presidente será assessorado por Nuno Santos, Jorge Ferreira e Sónia Cruz.
O presidente chamou a si as principais "pastas", algumas sensíveis, como: obras públicas, turismo, apoio social, empreendedorismo e apoio às freguesias. Competências que irão ser elementos chave nos próximos quatro anos, cuja responsabilidade o agora novo presidente quer tê-las na mão. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Um "epicentro" chamado Guarda


A recente des(centralização) da reforma administrativa feita pelo governo trouxe alterações ao nível das freguesias, Comunidades Intermunicipais e noutro plano a agregação dos pólos de turismo.
Na política nada surge por acaso, nem nada é feito por acaso. A cidade da Guarda pode vir a ser um "epicentro" de decisões do interior. No passado sábado na tomada de posse de Álvaro Amaro, este não deixou de dizer à frente do presidente do Turismo do Centro que o pólo de turismo da Serra da Estrela ficará sediado na cidade da Guarda. O vasto leque de contactos e influência do social-democrata não deixa os créditos por mãos alheias, e já pisca olho à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela. Se no caso do pólo de turismo é meramente administrativo e de intenções, sem o peso de outrora, já a Comunidade Intermunicipal tem um peso administrativo regional importante.
Diz o ditado popular " Santos da casa não fazem milagres", veremos se Gouveia terá dividendos, com este novo canal de holofotes virados para a Guarda.

sábado, 19 de outubro de 2013

Álvaro Amaro, "o special one " do distrito.

                                          Fotografia: Luís Silva - Tomada da posse


Amado por uns, odiado por outros, Álvaro Amaro é sem dúvida o político do momento. Dentro de um partido com enorme desgaste, o gouveense ganha a Câmara da Guarda ao Partido Socialista, num município que só conhecia um partido à frente dos destinos da Guarda desde 1976.
Natural de Ribamondego, foi secretário de Estado da Agricultura em governos de Cavaco Silva e deputado na Assembleia da República. Corria o ano de 2001 quando este vence a Câmara da Gouveia ao carismático socialista Santinho Pacheco, esteve à frente dos destinos de Gouveia durante 12 anos. Face à impossibilidade de se recandidatar em Gouveia, virou "agulha" e apontou baterias à Guarda, capital do distrito. A 29 de Setembro último, os Egitanienses deram-lhe a maioria absoluta e a confiança para liderar a Guarda nos próximos 4 anos.
Com toda a pompa e circunstância, tomou posse hoje, ao cargo que assume  ser  «um novo desafio», o seu primeiro acto de governação será « auditoria ou radiografia questão económica, social e financeira». Entre muitos projectos e intenções a Feira Ibérica de Turismo é para já algo a concretizar, que não se esqueça de lá colocar um "cantinho" para Gouveia, pedimos nós.
Com uma forma de estar "sui generis" o agora autarca da Guarda teve ao longo dos 12 anos em Gouveia muitas afirmações que ficarão na memória da governação autárquica, como por exemplo « deixo dívida, mas deixo obra feita». Algumas ilusões marcaram a sua governação como o pavilhão snowboard, a pousada da juventude, o curso superior e a academia de desporto. 
Para já fez história, ganhou duas câmaras aos socialistas em 12 anos, quem sabe, ainda vai ganhar em Lisboa, afinal ambição não lhe falta.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Orçamento Estado 2014: CIM Beiras e Serra da Estrela com 308.724 €


Agora que o Orçamento de Estado para 2014 foi conhecido, o parlamento irá discutir na generalidade e na especialidade. A proposta do governo para orçamento de 2014 prevê atribuir à nova reforma administrativa, às freguesias 260 milhões de Euros. 
As Comunidades Intermunicipais receberão 4.303.622 €, valor inferior ao corrente ano de 2013, de acordo com a proposta OE2014 , a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, do qual Gouveia faz parte,  receberá o valor de 308.724 €, será a região que irá receber mais no ano 2014, contrastando com a região do Alentejo Litoral que receberá apenas 127.426 €. No presente ano de 2013 a Comunidade Intermunicipal Serra da Estrela ( Gouveia, Seia e Fornos de Algodres), já extinta foi a que menos recebeu, no valor de 56.122 €.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Novo executivo camarário liderado por Luís Tadeu toma posse este sábado.


O novo executivo camarário toma posse este sábado, dia 19 de Outubro, equipa saída do sufrágio do passado dia 29 de Setembro, que será liderado por Luís Tadeu, actual vice-presidente de Álvaro Amaro. Serão mais quatro anos de executivo social-democrata, que tem no seu programa eleitoral, e espera-se a sua concretização, um projecto numa «clara prioridade nas políticas focalizadas nas pessoas,...reforçar a coesão territorial e social», o programa reflecte ainda a intuição do «desenvolvimento económico e criação de emprego».
A cerimónia decorrerá no Salão Nobre dos Paços do Concelho pelas 11h00, verificando-se depois a primeira Assembleia Municipal.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Serra da Estrela inspira Designer de Moda


A Moda Lisboa que decorreu este fim-de-semana na capital do país teve uma particularidade, a Serra da Estrela teve papel de destaque, isto porque a designer Filipa Gomes, aluna do Mestrado Branding e Design Moda no IADE, utilizou a região como fonte de inspiração na colecção. A aluna foi uma criadoras jovens que este ano a organização abriu portas  aos novos valores da criação da moda. Intitulada de Uni, a colecção apresentada teve inspiração nas formas e fauna da região serrana. A roupa foi apresentada com recurso a lã felpuda, algodão e malhas estruturadas.

domingo, 13 de outubro de 2013

Falta de manutenção coloca Linha da Beira Alta em perigo


Fez a 3 de Agosto, 131 anos que foi inaugurada a Linha da Beira Alta com ligação entre Figueira da Foz e Vilar Formoso.  Acontecimento maior à época com participação na inauguração do Rei D. Luís e Rainha D. Maria Pia. 
Hoje a linha, longe do fulgor de outros tempos, o eixo entre Pampilhosa e Figueira da Foz era fundamental ao escoamento do sal e o eixo Gouveia e Coimbra fundamental ao escoamento do têxtil, tem verificado menos passageiros, menos composições e horários disponíveis.
Um artigo publicado pelo Jornal O Público, a 1 de Outubro último põe a "nu" a falta de manutenção da linha que se tem traduzido em atrasos constantes em partidas e chegadas das composições ferroviárias. Os maquinistas são obrigados a afrouxamentos de velocidades, que em condições normais deveriam circular entre 100 a 160 km/h e que agora em muitos locais verificam-se velocidades na ordem dos 60km/h e mesmo em certos locais 30 km/h. A REFER afirma que essas limitações permitem manter a linha em segurança, não havendo perigo para os passageiros. No entanto nos 155 kms entre Pampilhosa e Vilar Formoso, existem 15 secções da linha que necessitam de substituição de carris e travamentos, sendo que 2 irão ser alvo de manutenção ainda este ano e os restantes no ano de 2014. De relembrar que circula nesta linha o comboio intencional Sud-Expresso com ligação a Paris e Madrid

sábado, 12 de outubro de 2013

125 anos do nascimento de um ilustre gouveense.


Mestre Abel Manta nasceu precisamente à 125 anos, foi a 12 de Outubro de 1888. Nascia um ilustre Gouveense, que foi ícone da pintura moderna, na primeira metade do século XX. Abel Manta sai de Gouveia muito novo aos 16 anos, rumo a Lisboa, para dois anos mais tarde se matricular na Escola de Belas Artes. Em 1919 ruma a Paris e contacta com os principais pintores à época, o impressionismo de Cézanne mas também o naturalismo acompanharão o resto da sua vida enquanto pintor. 
Regressa a Lisboa, em 1925, em 1928 nasce o seu filho João Abel Manta e estabelece-se como professor na Escola Decorativa António Arroio até 1958. 
É condecorado pelo Presidente da República Ramalho Eanes em 1979, com a Comenda da Ordem de Santiago e Espada, prémio que premeia artistas, escritores e área cientifica.
Na cidade de Gouveia existe um Museu com o seu nome onde existem uma vintena de obras da sua autoria.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Repartição de Finanças de Gouveia resiste e irá manter-se aberta ao público.


Quem avança é o Diário de Notícias, numa lista divulgada pelo matutino lisboeta , a repartição de finanças de Gouveia está entre as eleitas a continuar a funcionar, partilhando com mais três concelhos do distrito da Guarda a manutenção dos serviços. Gouveia, Seia, Guarda e Sabugal, segundo este meio de comunicação continuam de portas abertas, verificam-se o fecho de todas as outras repartições, em Manteigas, Aguiar da Beira, Mêda, Pinhel , Trancoso, Vila Nova de Foz Côa, Almeida, Fornos de Algodres e Celorico da Beira. Esta decisão entra na recente reorganização administrativa do território, tendo entrado em vigor com o diploma publicado em Diário da República no passado dia 2 de Outubro.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

E agora Dr. Luís Tadeu??


O concelho de Gouveia, como concelho do interior, padece de males como os vizinhos da região, não fosse esta região a mais pobre do país. Não obstante, no passado domingo o presidente de todos os gouveenses, eleito com 4619 votos dos 9152 votantes, disse em campanha eleitoral que vivíamos uma situação difícil, de crise, de «conjuntura nacional» . Efectivamente o é, embora o litoral tenha condições e instrumentos de maior dimensão para reduzir os efeitos desta conjuntura.
Existe no entanto, uma competitividade regional que não pode ser esquecida. A região sai a ganhar com um trabalho conjunto em termos globais, mas na " especialidade" deverá existir uma competitividade saudável por forma a sair do marasmo em que estes municípios do interior estão "mergulhados".
Os quadros aqui transportados revelam as deficiência e os resultados que Gouveia apresenta em relação aos seus parceiros, no desemprego e no índice de envelhecimento. O primeiro respeita à capacidade empresarial local, ausente, a segunda diz respeito à regeneração populacional, inexistente também, o concelho perde à duas décadas consecutivas população. Em qualquer destes dois parâmetros Gouveia apresenta os piores resultados. A situação de conjuntura nacional não poderá servir de desculpa a tudo e para tudo.
Há um longo caminho e percurso, outro tanto que já passou e tanto que se perdeu, do qual os doze últimos anos não estão isentos de culpabilização. Luís Tadeu sempre afirmou que era o candidato da continuidade, ele próprio o afirmou e acrescentou mais, «Eu espero continuar o ciclo de progresso que abriu para Gouveia com os seus mandatos», referindo-se ao seu, agora antecessor. Mas acrescentou mais « Eu não quero fazer diferente, quero fazer melhor», no entanto aqui joga-se a contradição, é que para fazer melhor, terá de fazer diferente, atestando aos gráficos aqui apresentados. Para combater estes números a actividade e decisão terá de ser diferente ao até aqui verificado.
Haja a coragem para criar rupturas com algumas linhas orientadoras do passado recente. O pressuposto do candidato eleito é «dinamizar a actividade económica do concelho com base no associativismo empresarial, auto-emprego e na captação de investimento». Para além destas boas intenções , é preciso capitalizar o que já existe, tornar o tecido empresarial competitivo e promovê-lo de forma equitativa. Por outro lado a questão de repovoar o concelho é fundamental, mas é preciso não esquecer que é preciso criar condições primárias atractivas a jovens de todo o país para se estabelecerem.
Para uma governação sustentável , é preciso responsabilidade na utilização de cada cêntimo dos Gouveenses, é preciso criar consciência que depois do investimento é necessário apresentar resultados, não basta referir «Enquanto entidade pública defendo que o município dever ser alavanca para o desenvolvimento social e económico».  Os dados estão lançados, os gráficos são números, mas são reflexo de uma realidade. Nós por aqui vamos estar atentos.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

E agora Prof. Armando Almeida??

Findo o ato eleitoral, o grande derrotado da noite de domingo foi Armando Almeida, o candidato socialista alcançou um resultado pior do que à quatro anos. O ainda presidente da concelhia dos socialistas foi para esta campanha com a esperança de conquistar o município de Gouveia que Álvaro Amaro havia "roubado" a Santinho Pacheco em 2001. Essa derrota de 2001 trouxe mazelas internas ao PS Gouveia que ainda hoje, algumas estão por sarar. Armando Almeida tinha um ambiente que poderia, repito poderia, ter aproveitado, afinal quase todo o país deu um cartão vermelho ao PSD de Pedro Passos Coelho, mas em Gouveia a nota foi dissonante e a música foi outra. Com a saída de cena de Álvaro Amaro, pensou-se que a disputa fosse mais equilibrada e com o desgaste do executivo social-democrata poderia querer dizer uma viragem política no concelho, até porque o candidato laranja não é nem de perto nem de longe um político de gabarito nacional, como o agora seu antecessor. No entanto fica a nota,  muito aprendeu com o professor este novo presidente de todos os gouveenses. Ficou demonstrado que não era o candidato social-democrata demasiado forte, talvez o candidato socialista não foi suficiente para o que tinha pela frente, até porque vinha para o segundo sufrágio eleitoral consecutivo, cujos erros da primeira ocasião não foram corrigidos. O social-democrata limitou-se a ser ele próprio, sem bacalhau, nem nada na manga.
O PS Gouveia necessita de rejuvenescer, será importante ter um PS forte, com liderança vincada, a democracia e o concelho necessitam disso. Precisa de um líder que faça a coesão, que saiba transmitir a mensagem de dentro do partido para fora, que consiga chegar ao eleitorado de forma simples mas eficaz. Não precisa de um líder político de gabarito nacional, mas um líder com carisma e próximo do cidadão e sobretudo que comece a trabalhar já para os próximos quatro anos. 
Caberá ao presidente da concelhia do PS fazer a análise, certo que fez o que pôde, mas não chegou, não foi suficiente...dizem que à terceira é de vez, mas esta equação não será aplicável. Em tudo na vida vivemos de resultados e para já o saldo não é positivo.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

The Day After: O rescaldo de uma vitória laranja num país de rosas.


Uma noite em cheio para os socialistas a nível nacional mas por cá, quem levou a melhor foi o "laranja" Luís Tadeu, o social-democrata arrancou uma vitória contundente, sem qualquer dúvida, 50,47% contra 38,71% para os socialistas. Apesar da conjuntura do país que levou quase todo o país a dar um cartão vermelho ao PSD, em Gouveia, os eleitores deram confiança ao social-democrata. Falou-se muito nesta última semana em sondagens, nomeadamente numa que ficou conhecida pelo "5-2" mas tal não se veio a verificar. A noite eleitoral teve dois gouveenses como protagonistas, talvez encorajado pelo antecessor, Luís Tadeu percebeu às primeiras horas da noite que a vitória era sua. Uma vitória com menos 665 votos que à quatro anos quando Álvaro Amaro ganha o seu terceiro e último mandato à frente dos destinos do município de Gouveia. Ao nível das freguesias PSD ganhou em Vila Nova de Tazém, Ribamondego, Paços da Serra, União de Freguesias de Melo e Nabais, União de Freguesias de Lagarinhos e Rio Torto, Vila Cortês da Serra, União de Freguesias de Figueiró da Serra e Freixo da Serra, Arcozelo e União de Freguesias de Mangualde da Serra e Aldeias.
O PS viveu uma noite quase trágica atendendo às expectativas que a candidatura vivia. Nesta segunda ida a sufrágio por parte do Prof. Armando Almeida, teve um resultado pior que em 2009. A única freguesia da cidade de Gouveia fica sobre domínio socialista, o carismático João Amaro ganha com vitória expressiva na Assembleia de Junta. O Partido Socialista ganhou ainda nas seguintes Assembleias de Junta: S.Paio, União de Freguesias de Moimenta e Vinhó, Nespereira, Cativelos e Vila Franca da Serra.
O partido CDU que também a nível nacional conquistou um bom resultado, teve em Gouveia um acréscimo de votos à Câmara, mais 44 votos que em 2009, elegeu um mandato, Carlos Nabais à Assembleia Municipal, como tinha acontecido em 2009, na corrida à freguesia da cidade de Gouveia teve pior resultado que em 2009.
As eleições permitem sempre tirar ilações e dividendos, nas vitórias e nas derrotas tiram-se conclusões e questões e uma será certamente, e agora professor Armando Almeida?... Será o artigo de amanhã.

domingo, 29 de setembro de 2013

Gouveia passa a integrar Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela


Portugal continua a descentralizar, centralizando, este é a "regionalização" que tantos apregoaram. Depois de termos assistido à centralização do turismo em Aveiro, na região centro, agora é a vez das Comunidades Intermunicipais levarem mais "uma volta" e mais uma centralização. A Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro último , estabelece o regime jurídico das autárquicas locais e aprova o estatuto das entidades intermunicipais. A Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela (Gouveia, Seia e Fornos de Algodres) passa a integrar-se na Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, constituída por 15 municípios para uma população de pouco mais de 236.000 habitantes. Esta Comunidade será constituída pelos municípios de : Gouveia, Seia, Fornos de Algodres, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Celorico da Beira, Belmonte, Sabugal, Covilhã, Pinhel, Mêda, Trancoso, Manteigas  e Fundão. O novo regime jurídico entra em vigor amanhã, um dia após a nova eleição dos novos dirigentes autárquicos. As Comunidades Intermunicipais serão compostas por quatro Orgãos: a Assembleia Intermunicipal (constituída por membros de cada Assembleia Municipal; Gouveia terá 4 membros representados), Conselho Intermunicipal ( constituído pelos presidentes de câmara), o Secretariado Executivo Intermunicipal (representante da Comunidade em delegações exteriores; eleito pelo Conselho) e o Conselho Estratégico. 
Para já a "centralização" desta Comunidade Intermunicipal poderá passar pela Covilhã ou Guarda, este novo centro de decisão deverá ficar na cidade mais alta, pelo menos politicamente existe grande pendor para a capital de distrito. Não é por acaso que os dois candidatos ao município da Guarda pretendem esse desfecho.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Momento de reflexão


É chegado o momento de reflectir e neste domingo exercer um direito e uma obrigação que assume a todos nós. É porventura a "arma" mais poderosa que está ao nosso alcance, escolher o destino de quem governa o município onde residimos. A política e os políticos andam pela rua da amargura, a descrença é enorme em relação à classe política. O país vive dias difíceis, a crise que nos assola é culpa de quem nos tem governado ao longo de quase quarenta anos. Pagamos hoje os erros de um passado recente, do gasto excessivo a acima da riqueza  produzida. Claudicou-se gerações futuras com decisões incongruentes que só serviram quem do poder se serviu para atingir os seus objectivos.
Depois das arruadas, comícios, beijos e abraços, é dado o  momento de escolher, nem que seja o voto em branco, não deixa de ser uma possibilidade ao eleitor. Certo é que, quem nos tem governado nos últimos anos é a abstenção, ela tem sido significativa, em muitos actos eleitorais superior, autenticas maiorias absolutas. É por esta razão que devemos clarificar nas urnas a verdadeira democracia, sejamos nós a decidir o que pretendemos e quem pretendemos.

domingo, 22 de setembro de 2013

Programas eleitorais ... finalmente!


A precisamente uma semana de ir às urnas, dois dos principais candidatos à presidência do município de Gouveia, finalmente disponibilizaram as suas propostas de candidatura...finalmente, porque é incompreensível como nos dia de hoje e com o forte impacto por parte do mundo Web, apenas a uma semana surge o respectivo programa. Quase sobre pressão de uma "rolha" de garrafa de vinho foi possível a publicação, isto depois de o mundo blogue e redes sociais colocarem em causa os candidatos.
Em Portugal continua-se a efectuar política pela "linda cara" dos candidatos, deixando de lado a substância, que são as propostas de cada um. Nem sempre por trás de um bom homem, estão excelentes propostas.
Quem olha para os programas do candidato socialista e da coligação de direita nota bastantes aspectos em comum, embora hajam dissonâncias próprias, na verdade há proposta que parecem ter saído duma mesma conferência, senão vejamos. As requalificações do Mercado Municipal e da Cerca são dois projectos que fazem parte das duas listas, o primeiro, já vem tarde, sobretudo para o social-democrata que esteve perto de 12 anos ligado à governação de Álvaro Amaro.A Cerca é novidade,  porque Álvaro Amaro sempre esteve de costas voltadas a esse local mítico. Há mais pontos em comum como por exemplo a proposta de fixação de jovens, os socialistas referem « alivio da carga fiscal e facilidades na construção da primeira habitação como incentivo à natalidade», já a candidatura de Luís Tadeu refere «apoio à fixação de jovens na aquisição ou construção da habitação própria através de redução taxas municipais», até parece que as duas orquestras tocaram em conjunto e com as mesmas notas musicais. O turismo tem um ponto em comum, ambas querem dar ímpeto à marca Gouveia, «criação de centro de registo e certificação», referem os socialistas, a coligação di-lo de outra forma mas a música é parecida, « certificação local; Desenvolvimento de Marca aglutinadora»

A candidatura de Armando Almeida quer dar voz à população, traz um conceito já bastante utilizado pelos municípios socialistas que é o orçamento participativo, o candidato refere «...vontade expressa pelos cidadãos deve ser respeitada...». O programa sustenta-se em quatro chavões: Saúde e Acção Social; Ambiente e Ordenamento do Território; Educação, Desporto e Cultura; Gestão Autárquica. O socialista refere que quer a conclusão integral da estrada natural da Serra com ligação a Manteigas, Guarda e Celorico da Beira, não esqueceu Girabolhos e tem intenção de efectuar um levantamento ao espólio existente, que ficará submerso com na nova barragem. A nível do turismo considera importante a adesão de localidades do concelho ao programa " Aldeias de Montanha" que já foi lançado por município vizinho, bem como um programa de promoção de Gouveia como destino turístico-cultural, intitulado de Destination Management Destination. Ao nível empresarial de incentivo às empresas, a candidatura frisa a importância de atenuar a carga fiscal e um tal programa de co-working para jovens empresários de apoio ao investimento e à criação do primeiro emprego. No campo social, olhando para os mais velhos os socialistas avançam com uma unidade de apoio móvel para percorrer todas as localidades do concelho. Por fim uma nota para antiga fábrica dos Belinos, os socialistas querem uma requalificação onde a água e os têxteis sejam conceitos aglutinadores ao espaço, o que confere um quadro cultural-turístico ao espaço.

A candidatura de Luís Tadeu tem na sua base o seguinte conceito «Esta candidatura assumirá uma clara prioridade nas políticas focalizadas nas pessoas, ao invés nas infraestruturas, pelo que importa reforçar a coesão territorial e social». A candidatura rege-se pelos seguintes eixos: Desenvolvimento Económico e Emprego, Coesão Social, Educação e Cultura, Juventude Desporto Ambiente, Planeamento e Ordenamento do Território, Gestão Autárquica. No campo da economia e emprego, o candidato propõe-se a combater a desertificação do mundo rural com um conjunto de programas de modo a impulsionar o emprego e o investimento com programa de balcão de apoio ao investimento, bolsa de emprego, um programa que se intitula Loja da Empresa e ainda Gouveia StartUP, um programa de disponibilização de espaços  físicos para comércio e industria. A criação de um voucher intitulado de "Gouveia Gift" e deslocação da feira semanal para um local com melhores condições são as propostas substanciais ao nível do comércio. No campo social o caminho é aquele que ao longo do tempo tem sido o percurso da governação até aqui, a Loja Social, apoio à natalidade e o programa jovem,os materiais escolares, com um reforço por parte do candidato neste programa. No campo do turismo surge a proposta do Centro de BTT que já não é novidade, mas também uma Escola de Montanha, para que a população possa usufruir do espaço de montanha e a possa contemplar. Surge de igual forma a proposta de construção de um Rocódromo (escalada). Na cultura o candidato compromete-se a requalificar o Teatro-Cine, a Biblioteca Vergílio Ferreira e o Museu Abel Manta. Ao nível das infraestruturas o candidato quer continuar o programa de regeneração urbana, requalificação do edificado no centro da cidade de Gouveia. Quer ainda a requalificação de algumas estradas municipais que até aqui não foram alvo de intervenção e sobretudo quer ligação à A25 e que Gouveia faça parte dos traçados do IC7/IC6. Para finalizar a lista de Luís Tadeu pretende fazer da antiga fábrica dos Belinos um Pavilhão Multiusos.

Esta foi uma análise a "retalho" numa primeira leitura às proposta dos dois candidatos que merece por parte dos eleitores uma leitura mais pormenorizada em:


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Quadro de Apoio Comunitário 2014-2020, e agora?


O Governo entregou ontem em Bruxelas  a proposta do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para o período 2014-2020. O novo Quadro Comunitário Europeu, os chamados Fundos Europeus, vão entrar já a partir de Janeiro de 2014. Serão 21 Mil Milhões de Euros que Portugal irá receber, é a oportunidade de Portugal tomar um rumo, pelo menos uma ajuda estrutural ao desenvolvimento e progresso para o país. Sabe-se que a estratégia foi alterada, passa agora a figurar a dimensão dos recursos atribuídos à competitividade da economia e ao foco na inclusão social à criação de emprego. As prioridades da estratégia são: Competitividade; Capital Humano; Investigação; Desenvolvimento e Inovação; Inclusão Social e Emprego. O lado mais positivo a acrescentar e na "órbita" de Gouveia é que este novo Quadro irá ser canalizado para o Interior norte, Centro e Alentejo. Dos 21 Mil Milhões de Euros 19,5 Mil Milhões serão para as zonas mais pobres do país, aqui a Serra da Estrela poderá e terá de aproveitar esta "dádiva" e oportunidade. Assim fica de fora do Quadro as Infraestruturas, a base do anterior QREN 2007-2013, auto-estradas e vias rápidas estão assim fora do Quadro, apenas as vias ferroviárias terão espaço nos novos fundos comunitários.
Tanto que há para fazer em Gouveia, mesmo ao nível de Infraestruturas, no entanto entre 2010-2013 entraram em Gouveia perto de 6,5 Milhões de Euros que financiaram grande parte das obras que temos estado a assistir, a antiga Fábrica das Bobines, o Muro do Jardim de Viriato, o Jardim do Paixotão, Loteamento da Zona Industrial das Amarantes, arruamento da envolvente do Palácio de Justiça, Caminho Natural de Folgosinho, Centro Animação Sócio-Juvenil de Nespereira, Recinto Desportivo de Paços da Serra, Requalificação da Praça de S.Pedro, Plano dinamização dos Bellinos e Requalificação de Cabeço Maria. Muito mais seria preciso, muito mais será preciso, sobretudo canalizar para aquilo que é necessário e fundamental ao interesse dos Gouveenses. Será preciso um presidente perspicaz, eficiente e oportuno nas escolhas a tomar, os problemas de Gouveia não se resumem a alcatrão e betão.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O custo da democracia.


A campanha eleitoral está aí, comícios , arruadas, palcos, folhetins, abraços e beijinhos. No meio desta "andança" alguns de vós pouco saberão, quanto custa a todos nós esta disputa política a que chamamos de democracia. O financiamento dos partidos políticos através de donativos privados tem decaído , entre 2005 e 2009 foram menos de 54% de apoio para as respectivas campanhas eleitorais. Esta percentagem representa 5 Milhões de Euros, o que olhando para o "bolo" das despesas é praticamente irrisório. Os tempos são de crise, de contenção, pelo menos para nós, cidadão comum que tenta sobreviver. Nas últimas eleições autárquicas em 2009 a subvenção atribuída pelo Estado aos partidos políticos foi de 43,8 Milhões de Euros, sendo que os Socialista quase arrecadaram metade deste valor. O PS teve a atribuição de 20 Milhões de Euros e o PSD 10 Milhões de Euros. 
Olhando para o concelho de Gouveia, os Socialistas continuam a liderar na despesa, 89.461,33€, no entanto esta despesa tão pouco se traduziu em vitória, o PSD de Álvaro Amaro voltou a ganhar em 2009 elegendo uma subvenção de 41.962,47€. A CDU teve o valor de 5.930,15€, num total do concelho de 137.400,00 € aproximadamente.
A Assembleia da República informou que irá cortar 20% na subvenção a atribuir na campanha de 2013. Porque razão haveremos nós de pagar os interesses destes políticos que ao longo dos anos têm criado o "fosso" deste país? Faz sentido os partidos políticos gastarem este precioso dinheiro numa campanha que nada traz de novo ao eleitor? Custará assim tanto dinheiro, arruadas, comícios e folhetos?? Este é o preço da democracia, que sai do bolso de todos nós, numa altura em que se congela aumentos de ordenado, do ordenado mínimo, de corte de pensões, de aumento das despesas de saúde e educação. A Democracia foi e é desejada, mas não nestes "moldes".

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O "fardo" de Passos e o dinamismo de Seguro


António José Seguro tem andado pelo interior do país, por estes dias esteve por terras alentejanas, não deixou de acusar o primeiro-ministro e o executivo de «olharem para o Interior como um fardo». O socialista referiu ainda qual a solução para o interior «dinamismo, emprego e desenvolvimento». António José Seguro continua a empregar palavras mas sem revelar o fundo da questão. As propostas não podem ser meros conceitos vagos que todos nós já  sabemos. Pede-se um pouco mais de lucidez ao Secretário-Geral do PS, propostas são algo de concreto, com cabeça, tronco e membros. As palavras vagas a nós nada nos traz.
Aproveitando que o socialista nos visita este fim-de-semana por terras de Gaudela, nomeadamente Vila Nova de Tazém, que traga algo mais na bagagem do que presenteou os alentejanos. Concerteza que Armando Almeida não deixará de dar uma "achega" ao Secretário-Geral. O gouveense joga o tudo por tudo, tem feito arruadas sem conta, abraços e beijos. Mais que palavras, conceitos e coisas bonitas, impõe-se algo mais consistente.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Freguesias extintas obrigadas a prestar contas


Segundo reunião de plenário do Tribunal de Contas ocorrida a 11 de Julho último, as freguesias extintas (29 de Setembro de 2013) são obrigadas a apresentar ao Tribunal de Contas a liquidação das contas. As contas de liquidação deverão ser executadas e aprovadas pelos elementos de junta em funções, tendo 45 dias  a partir da data da investidura dos órgãos das novas freguesias. Caso as contas não sejam remetidas sem uma justificação plausível, os membros e responsáveis das freguesias extintas podem incorrer sanções e coimas que podem ir de 510€ a 4.080€.

domingo, 8 de setembro de 2013

Entrevista a Armando Almeida, candidato ao Município de Gouveia


O Professor Armando Almeida candidata-se pela segunda vez ao Município de Gouveia, é presidente da concelhia do PS em Gouveia, o rosto dos socialistas. O blogue jornal O Hermínio contatou os candidatos, tendo o professor respondido afirmativamente ao repeto lançado.

J.H: Boa tarde professor, os nossos agradecimentos por conceder esta entrevista.
Armando Almeida: Eu é que agradeço.


J.H: A sua candidatura é de ruptura, de alternativa ou transição com os últimos doze anos?
A.AA minha candidatura é uma candidatura de alternativa e, por consequência, de ruptura com o modelo de gestão implementado nestes últimos 12 anos. Temos uma visão diferente da gestão autárquica necessária e das soluções para os problemas criados. O concelho não aguenta mais 4 anos de insensibilidade social, de crise económica e demográfica, espelhadas num desemprego galopante e na perda constante de população, a par de um total abandono do território. Por estas e outras razões, o que a candidatura do PS propõe é uma alternativa nas políticas e uma ruptura nos métodos, ou seja, dar horizontes novos de esperança aos Gouveenses.

J.H: Tem na sua lista à Câmara dois candidatos independentes na segunda e terceira posição, possíveis lugares a vereadores. Significa que dentro do partido não existia ninguém à altura ou os interesses dos Gouveenses falaram mais alto?
A.A: O PS é um partido interclassista, rico em quadros com capacidade para desempenhar qualquer cargo autárquico. Mas a comunidade Gouveense é muito mais que o universo dos militantes socialistas. A abertura à sociedade civil, a adesão de independentes às nossas propostas e a sua inclusão nas nossas listas designada mente na lista da Câmara Municipal, tem uma leitura política clara: devolver a Câmara às pessoas, com abertura, proximidade e transparência. As autárquicas são do povo, não são coutadas de clientelas partidárias para servir os amigos.

J.H: Sente-se mais aliviado com a saída de Álvaro Amaro?
A.A: Devia ter colocado essa questão aos gouveenses em primeiro lugar. Para mim é indiferente que o candidato seja Álvaro Amaro ou Luís Tadeu que, aliás, já assumiu embevecido o legado político. Álvaro Amaro e Luís Tadeu são co-responsáveis pelos anos mais negros que Gouveia viveu pós 25 de Abril. Mais dividas que obras, um concelho mais envelhecido e desertificado, com uma economia moribunda. Ambos conseguiram transformar Gouveia num concelho repulsivo do ponto de vista económico e demográfico, conforme a realidade o demonstra. Acredito que os gouveenses nunca chegaram a conhecer, verdadeiramente, Álvaro Amaro e depressa o esquecerão. 

J.H: Que herança deixou aos Gouveenses o ainda presidente do município ?
    A.A: Os indicadores estatísticos fornecidos pelo INE sobre Gouveia são arrasadores, falam por si e são um dedo apontado á ausência de uma política realista e pro-activa a favor dos munícipes ao longo dos seus 3 mandatos. Para quem prometia criar 1000 postos de trabalho, sair de cena com as taxa de desemprego que se conhecem, com uma população onde em cada 4 pessoas 3 são dependentes, a par da circunstância de Gouveia integrar a mais pobre NUTIII do país é um sumário bem elucidativo do seu testamento como autarca. Pior desempenho é impossível!

     J.H: Se vencer as eleições, vamos continuar a ter "apagão"?
    A.AClaro que não e sabe porquê? Porque comigo na Presidência, o meu gabinete não gastará anualmente 150 mil euros, como hoje acontece. Se tivesse havido um mínimo de decoro perante as dificuldades dos Gouveenses e uma gestão rigorosa a vergonha do apagão teria sido evitada e com ela a angustia e o medo das populações, particularmente os idosos a viver sozinhos e isolados. 
   
     J.H: Caso vença as eleições, Gouveia continuará a ser Capital da Aventura, ou mudará tudo como fez o ainda presidente do município, quando chegou ao poder?
A.A:O epíteto de “capital da aventura” foi um erro de casting de Álvaro Amaro na procura de um produto turístico que nunca se conseguiu afirmar. Nunca se afirmou nem afirmará porque não é essa a vocação de Gouveia, não é esse o pendor dos seus recursos turísticos mais valiosos e irrepetíveis. Nunca foi essa a sensibilidade das pessoas e dos agentes económicos locais que sempre estiveram de costas voltadas para tanto “radicalismo”. Gouveia tem condições privilegiadas para um conjunto de actividades no âmbito do turismo de natureza que importa fomentar e apoiar. Connosco não se mudará o nome ou o sítio às coisas, aos projetos ou às atividades só para dar a ideia que tudo é feito por nós. Como não colocaremos placas de inauguração com o nosso nome, das obras feitas por outros.

J.H: Quais os principais projectos e linhas orientadoras da candidatura do Partido Socialista?
    A.A: Não vou elencar os projectos antes de publicitar o nosso programa oficialmente, mas sempre lhe posso dizer que nos propomos servir as pessoas em todas as áreas do social e da actividade económica, para além de algumas importantes intervenções de cariz ambiental que urge operar na cidade de Gouveia. Pugnaremos para que os jovens e os desempregados possam reunir condições para gerar o seu próprio rendimento como acontece, aliás, por essa Europa fora, sustentada num tecido empresarial predominantemente constituído por PME’s e micro empresas  daí a minha alusão à necessidade de criar emprego, emprego, emprego… Depois trabalhar com as freguesias e apostar, com inovação, num mundo rural de excelência. Estes passos serão decisivos no médio prazo e possíveis de serem alcançados através de uma profícua gestão do futuro QEC 2014-2020.

    J.H: Álvaro Amaro afirmou recentemente que o município de Gouveia investiu 51 Milhões de Euros ao longo do tempo. Acha que o investimento foi bem aplicado?
     A.A: Esta é mais uma daquelas questões que deviam ser colocadas aos gouveenses em primeiro lugar. Todavia, salvo alguns arranjos urbanísticos, alguns dos quais redundaram num puro exercício despesista, sem qualquer utilidade, uns jardins e alguns projetos para “encher o olho” de pouco serviu a Gouveia esse investimento de 50 milhões de euros. Não sei de que se vangloria...nem com esses investimentos conseguiu ajudar a criar riqueza no concelho contratando os empreiteiros locais. Não, nenhum cêntimo foi ganho com estes trabalhos, fosse pela via directa, fosse pela indirecta. Esses milhões assim desperdiçados, não criaram um único posto de trabalho; é por estas e por outras que Gouveia está como está.
    
     J.H: De que forma pretende baixar o passivo do município?
    A.A:Baixar o passivo revela-se imperativo, quanto mais não seja pelo sufoco que provocará na futura equipa do executivo, mas é necessário conhecer, com todo o rigor, não só o passivo global como as condições de financiamento disponíveis. Constitui nossa intenção diminuir as taxas e impostos municipais. É escandaloso o que os cidadãos gouveenses pagam de IMI. Comigo Gouveia não será um concelho de gente cheia de dificuldades, com impostos para ricos. Isso consegue-se com uma gestão rigorosa e participada, porque os recursos são parcos e constituem um património comum. Evitaremos investimentos que não se encontrem associados a conteúdos funcionais vantajosos para a população. Basta de política despesista sem nenhum retorno para o concelho.

  J.H: A problemática da desertificação do interior e do envelhecimento da população sem regeneração jovem é cada vez mais acentuada. Acha que existe uma possibilidade de inverter a situação?
    A.A:Esta é uma questão técnica que qualquer decisor político deve dominar ou procurar estar informado. Honestamente, se nada for feito, como até aqui aconteceu, não há hipótese de rejuvenescer a população. Não há retorno possível, Gouveia tem os seus dias contados. Para atacar o problema convém ir ao cerne da questão e a explicação é simples: o crescimento real ou efectivo obtém-se por duas vias possíveis: pela consecução de um Saldo Fisiológico ou Saldo Migratório positivos ou, ainda, pelo comportamento concomitante positivo de ambos. Ora, Gouveia registou um comportamento negativo em ambos os domínios e a um ritmo mais acelerado que nos concelhos limítrofes, desde os censos de 2001 para cá. Nós temos uma ideia de como poderemos tentar inverter a tendência atacando uma das componentes, só com a prata da casa. Recusamo-nos a adoptar uma postura de braços caídos perante as evidências, como o actual executivo fez. Porém, estes 4 anos serão cruciais para os desígnios de Gouveia, não tenhamos dúvidas.

   J.H: O turismo é uma fonte de riqueza a explorar e um futuro para Gouveia. Que opinião tem relativamente à extinção do órgão Turismo Serra da Estrela  e as alterações introduzidas?
     A.A:Uma vergonha, mais uma machadada do governo PSD/CDS no interior e na Serra da Estrela. A região de turismo da Serra da Estrela foi uma criação dos Municípios da região há décadas e apesar de deficiências e lacunas de funcionamento e gestão, era uma voz regional na defesa de um património nacional. E estamos já a ver as consequências disso: foram eleitos os órgãos da Região de Turismo do Centro, e ninguém da Serra da Estrela os integra. Em conclusão, o turismo da Serra da Estrela, por vontade deste Governo Passos Coelho/Portas passa a ser comandado pelo eixo Aveiro/Coimbra/Leiria-Fátima. E cá continuaremos absolutamente esquecidos com o estatuto de região mais pobre do país. O actual Pólo Turístico da Serra da Estrela, como agora se define, tem de competir com produtos diferenciados no âmbito da mesma “região de turismo” e encontra-se, por força da estratégia seguida pelo PENT, vocacionado para o mercado interno. É pouco para as aspirações da região “Serra da Estrela”.

    J.H: Recentemente surgiu a polémica em torno da demolição do painel de azulejo do Jardim de Viriato, junto à ribeira de Gouveia. Afinal, a vereação socialista foi informada ou não da respectiva demolição?1     
   A.A: A vereação Socialista não só é alheia, como protesta indignada, a demolição do painel de azulejos representando o mapa do concelho de Gouveia. Mais indignação quando se constata que o mapa até ajudava a informar melhor residentes visitantes e saber que assim, num único local, tinham oportunidade de ver os brasões e identificar a situação geográfica das freguesias. Mas que surpresa se pode ter com a atitude da maioria Camarária; demolir foi um dos verbos mais congregados nos seus mandatos.
  
    J.H: Tardam a chegar investimentos privados a Gouveia por forma a criar empregos consistentes e economia sustentável. Que falta para que isso seja uma realidade?
    A.A: Em tempo de crise mais que hipóteses ou miragens é preciso ser realista e ter os pés assentes neste chão que é nosso. Acreditamos na capacidade de iniciativa dos Gouveenses e é este o nosso caminho. Apostar nos nossos empresários, nos emigrantes ou ex- emigrantes, dar-lhes todas as condições logísticas, apoio técnico e financeiro, será determinante nos próximos 4 anos.

   J.H: O Partido Socialista foi e é contra a união de freguesias, continuará a lutar para que volte o anterior mapa ao concelho de Gouveia?
     A.A: Foi mais uma afronta e uma traição política do PSD/CDS ao concelho de Gouveia, iniciar um mandato com 22 freguesias e terminá-lo com 16. O PS é e será contra este ataque às autarquias locais e à tradicional divisão administrativa com séculos de história, memórias e tradição. Logo que sejamos poder a nível nacional daremos voz às populações, aos seus órgãos representativos, às Juntas e Assembleias de Freguesia; quem quiser o novo modelo, as chamadas união de freguesias, pois muito bem, será feita a sua vontade. Mas quem quiser voltar ao estatuto anterior, ser de novo independente, terá toda a legitimidade para o fazer. Se uma autarquia é o poder público junto das pessoas, quebrar esta proximidade é um crime contra o poder local democrático e uma insensibilidade aos problemas das populações.

    J.H: A candidatura do PS tem surgido com a juventude, é para eles que pretende trabalhar?
    A.A: “Os jovens são a janela por onde entra o futuro de uma terra”. As palavras sábias do Papa Francisco dizem tudo, para quê inventar outros conceitos. Os Novos Horizontes são os jovens e para eles vamos construir Horizontes de Futuro.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O "fardo" da herança - PAEL


O actual executivo camarário fecha um ciclo neste ano 2013 à frente dos destinos do município de Gouveia. Foram doze anos em que um homem comandou os destinos do município. Os municípios têm um instrumento fundamental que permite gerir e direccionar os objectivos propostos, esse instrumento chama-se orçamento. Nesse âmbito, há um conjunto de iniciativas que os executivos levam a cabo que muitas vezes são más escolhas  e outras menos boas. A verdade é que nos dias que correm cada cêntimo é fundamental ao saneamento das contas de um município. 
Os municípios utilizam meios de financiamento por forma a atingir objectivos que muitas vezes podem claudicar o futuro próximo. As disputas eleitorais obrigam a mostra de obra feita e quase a totalidade dos políticas pensa que o betão deve imperar.
O Programa de Apoio à Economia Local foi criado por este Governo em funções para aliviar a tesouraria dos municípios, a Lei  43/2012 de 28 de Agosto refere: «...tem por objecto a regularização do pagamento de dívidas dos municípios vencidas à mais de 90 dias, registadas na Direcção - Geral da Autarquias Locais (DGAL) à data de 31 de Março de 2012.
O Município de Gouveia tinha em dividas a fornecedores 883.493,46€, até 31 de Março de 2012 vencidas a mais de 90 dias, sensivelmente 5% do valor do seu orçamento anual. Facturas respeitantes a anos de 2005, 2009,2010 e 2011. Não se compreende como um município não consegue encontrar em 5% de orçamento anual verbas para poder pagar as suas dívidas. O município avançou para a candidatura ao programa, tendo sido aprovada em reunião de câmara no dia 24 de Setembro de 2012. Nessa reunião o presidente do município afirmou : « comprometer a gestão de futuro, era a irresponsabilidade no presente, não deitarmos mão a tudo aquilo que nos é colocado e, por isso, ponderada mente decidimos aderir ao PAEL.». Assim Gouveia candidatou-se a um empréstimo de longo prazo, cujo contrato  assinado com o Estado ocorreu a 16 de Novembro de 2012, num valor de 754.337,93€, com aditamento a 15 de Fevereiro de 2013, para um prazo de 14 anos, ou seja, até 15 de Novembro de 2026, com um total de juros de 139.250,76€, a pagamentos semestrais, o próximo pagamento é já dia 15 de Novembro no valor de 36.606,94€.
http://www.cm-gouveia.pt/apoioaomunicipe/Documents/Contabilidade/PAEL/Contrato%20e%20Adenda%20do%20Empr%C3%A9stimo%20PAEL.pdf