Já cheira a "Festa"!

As Festas em Honra de Nosso Senhor do Calvário de Gouveia já mexem, em ano de eleições, nada é deixado ao acaso. Segundo informação que circula estão já confirmados os cabeça-de-Cartaz, Luís Represas e Buraka Som Sistema, banda revelação de 2008, estarão em Gouveia em Agosto. Já a FIAGRIS (Feira Industrial Comercial Agrícola de Seia) aqui ao lado, em Seia, que decorre entre 22 e 26 de Julho contará com os Xutos & Pontapés, também já confirmados.

Magina Pedro apresenta novo trabalho.

No próximo dia 16 de Maio, o fadista sobe ao palco pelas 21h30 do Teatro-Cine de Gouveia para apresentar o seu mais recente trabalho, intitulado "Recordações". Natural de S.Paio, tem percorrido mundo fora, mostrando o seu trabalho. Fará uma retrospectiva da sua carreira 1983-2008, o preço do bilhete é 5 €.

Eurodeputada quer isenção às taxas do Queijo da Serra.

A Eurodeputada Ilda Figueiredo e próxima cabeça de lista da CDU às eleições europeias pede isenção às novas taxas e regulamentações por parte dos pequenos produtores do Queijo da Serra da Estrela. O sector vive dias complicados sobretudo os pequenos produtores que constantemente têm de adquirir licença de fabrico, obrigando-os às normativas europeias constantes. A Comissão Europeia para já, atenua a taxa podendo verificar-se valores inferiores ao estabelecido , dependendo de vários factores: tipo de empresa, encargos e volume de vendas.

Tuneis da Serra da Estrela ganham cada vez mais "voz".

Os tuneis da Serra da Estrela ganham cada vez mais defensores, sobretudo nos concelhos de Gouveia e Manteigas, os mais prejudicados nos novos traçados IC7,IC6 e IC37. Depois de Manuel Biscaia, o grande impulsionador do projecto e voz activa pemanente, Carvalinho candidato do PS/Manteigas também não põe de lado a luta pelos túneis no seu programa . Álvaro Amaro também já veio a "terreno" defender o projecto, na última Assembleia Municipal de Gouveia não deixou de manisfestar uma vez mais a sua vontade.

Assembleia Geral da Casa do Concelho de Gouveia em Lisboa.

Está marcada para o próximo dia 23 de Maio pelas 16h, a Assembleia Geral da Casa do Concelho de Gouveia, sendo o ponto de ordem dos trabalhos a apresentação do Relatório de Contas dos anos 2005,2006 e 2007, bem como a deliberação dos novos corpos sociais para 2009/2010.

Desenvolvimento e burguesia gouveense!

Tem faltado falar de regionalização no nosso país, já o disse noutras ocasiões, neste mesmo espaço que esta legislatura de José Socrates muitos poucos foram os momentos de diálogo relativamente à vontade de dar às regiões maior autonomia administrativa, retirando algumas decisões ao Poder Central, dentro do bom senso e coerência, apesar de projectos e acessibilidades efectuadas. Existe no entanto, para além destas forças do Poder Central, a existência de forças locais que tendem em não querer reconstruir o Interior, destruindo o que a Interioridade implica. João Ferrão num dos muitos textos que fez ao longo do seu percurso diz: " Mais grave, porque mais decisiva, do que a reduzida densidade física, fruto dos processos de desertificação, é a incapacidade de os (poucos) actores existentes se qualificarem e se organizarem colectivamente, partilhando esforços e informação, produzindo conhecimento, estimulando inovações". Quando olhamos para o caso de Gouveia, a cidadania é quase nula, o debate é zero. Quererão os gouveenses realmente o desenvolvimento? Por vezes coloco-me a refletir se realmente o querem, como catalizador de postos de trabalho e melhores condições de vida para toda a população do concelho. Parece-me que têm medo de perder a ruralidade de um concelho de pequena dimensão, pacata, sem problemas, de pouca gente e com um modo de vida rotineiro. O crescimento é a palavra que mais íntimida a burguesia gouveense e que faz alastrar o "pavor" ao resto da população. Na verdade crescimento e desenvolvimento são dois conceitos que não coabitam, contráriamente ao que o senso comum pensa, colocando-os no mesmo "saco".Como já aqui referi anteriormente, crescimento é algo quantitativo e desenvolvimento é algo qualitativo. Será talvez esta confusão de conceitos que leva a tal burguesia viver em constante medo de perder as suas inflências numa pequena cidade e concelho, retraindo o respectivo "salto" qualitativo. É preciso abrir as mentes e colocar em práctica um desenvolvimento sustentável. Evidentemente que é necessário combater a desertificação e o chamado envelhecimento populacional, mas esse desenvolvimento terá frutos de forma coerente e de bom senso, de modo a dar continuidade à existência do concelho. É preciso a mobilização de entidades, jovens, colectividades e poder político rumo ao desenvolvimento sustentável, o único caminho ao combate da Interioridade e forma de reconstruir o Interior.